domingo, 15 de maio de 2011

$O$ Saúde


Ontem na integração do meu curso foi passado o filme “Sicko - $O$ saúde” de Michael Moore. Eu, sinceramente, odeio quando colocam a gente pra ver filme nas integrações, mas esse vale a pena ser comentado. No filme ele faz uma comparação entre o sistema de saúde dos EUA com de outros países como Inglaterra, França e Cuba. É inacreditável como um país tão rico como os Estados Unidos podem ser tão cruéis quando se trata de dinheiro. Lá os examinadores ganham a mais se negar solicitações, chegam a expulsar pacientes do hospital se o mesmo não tiver condições de pagar a dívida e pessoas não são atendidas até que toda a burocracia se resolva, levando até ao óbito.
“Nessa terra de gigantes, que trocam vidas por diamantes”
Além de mostrar a realidade americana o filme é muito bom para refletirmos sobre a realidade do nosso país. O Brasil não chega a ser uma Cuba ou França, mas também não chega a ser tão ruim e desumano como nos Estados Unidos. O SUS chega a ser um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo e na teoria é considerado um dos melhores. Porém, não podemos ficar parados, há muita coisa ainda pra ser melhorada e revista. Temos que lutar pela qualificação e humanização dos nossos profissionais e além de tudo por uma política justa pro desenvolvimento do nosso país.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Tenrikyo

Primeira vez no ano que me vi em casa sem fazer nada num dia de serviço mensal, talvez apenas por saudade, resolvi ir a missa.  Só agora, quase terminando o primeiro semestre, que me dei conta do tempo que eu deixei de ir à igreja. Dois mil e onze começou bem agitado, cheio de novidades e grandes mudanças que fizeram me envolver cada vez mais e acabar esquecendo do que realmente deve ser prioridade na vida. Ontem foi que percebi que eu não devo dar como prioridade a outras coisas e se-por-acaso eu tiver um tempinho, eu vou à igreja, é preciso alegrar Deus-parens indo ao serviço mensal, realizando o hinokishin, se derteminando que as coisas naturalmente vão acontecendo. Qual seria a explicação pra tanta coisa estar dando certo pra mim esse ano? Fruto da dedicação, ainda não suficiente, do ano anterior. 
                                          Reverência aos altares.
Deus-parens? Serviço mensal? Hinoki-o-que? Acredito que é isso que vocês estão se perguntando agora. Por tanta gente me perguntar que igreja é essa que eu frenquento, resolvi criar esse post.  Tenrikyo (ensino da razão celeste) é uma religião oriental, seus valores e ensinamentos são bem diferentes do que é passado na nossa cultura cristã. O objetivo da nossa existência é a vida plena de alegria e felicidade. A Tenrikyo ensina que o nosso corpo é coisa emprestada de Deus e que apenas o nosso espírito é nosso bem. Deus nos permitiu a liberdade espiritual, o livre-arbítrio. Podemos utilizar do nosso espírito como bem entendermos. Se pensarmos o bem e fizermos o bem alegrando ao próximo estaremos mostrando o nosso amor, mas ao contrário estaremos tanto entristecendo as pessoas como sujando o nosso próprio espírito, o que chamamos de poeira espiritual (são oito: mesquinhez, cobiça, ódio, amor próprio, rancor, raiva, avidez, soberbia). Acumulando essas poeiras é que acontecem os problemas emocionais e de saúde. As doenças é uma forma de Deus avisar que não estamos seguindo pelo caminho certo. Tudo que acontece é resultado do nosso uso espiritual. Outro ponto que a Tenrikyo prega é a Reencarnação, como foi dito o espírito é algo nosso e vive eternamente levando consigo experiências e emoções de vidas passadas. Se na vida atual acontece algo bom é porque ouve boas causas na vida passada e da mesma forma se acontece algo ruim é por ter acontecido más causas, chamamos isso de causalidade. Mas por que Deus-Parens? Em latim Parens significa “pai, mãe e pais”, o que conceituaria a unicidade de Deus.
Miki Nakayama, Oyassama ou nossa mãe, que deu início aos ensinamentos, tornou-se sacrário de Deus-parens em 26 de outubro de 1838 aos 41 anos de idade. Retornou, deixando a vida física aos 90 anos de idade no dia 26 de janeiro de 1887.
                                                       Mikagura-uta, hino sagrado.
Infelizmente não dá para falar tudo em apenas um post no blog, mas em outras oportunidades postarei mais sobre a Tenrikyo. Apesar de ter só visto uma vez, a novela “morde e assopra” da emissora de televisão Globo está com um elenco Tenrikyano, uma forma de divulgar essa religião que ainda é muito desconhecida aqui no Brasil.  

                                         Eu tocando Taiko (ainda de cabelo grande :P)

sábado, 30 de abril de 2011

#PISOFISIOJA

Nossa formação técnica voltada ao mercado de trabalho no desempenho de nossa função de reabilitação, bem como o descrédito nosso pela política do país, muitas vezes nos leva a ficarmos alheios a este cenário e a tais questões relacionadas à política ou economia.

Falar sobre leis, política ou economia dentro da nossa área é quase como falar grego, uma vez que nossa profissão, na prática, não exige tanto de nossa parte sobre esses temas.

Mas a verdade é que mesmo para os profissionais que não se preocupam com a situação atual dos CREFITOs, que se contentam com seus atuais salários ou com o modo desrespeitoso em que a Fisioterapia é vista perante os convênios particulares e em muitas especialidades mé, quando o assunto é dinheiro, todos estão dentro. E é para você, FISIOTERAPEUTA BRASILEIRO, que este texto é direcionado, para que unidos, conquistemos nosso digno espaço dentro da saúde brasileira.

A campanha #PISIOFISIOJA, realizada no twitter no dia 7 de abril de 2011 mobilizou milhares de profissionais e estudantes da área, a fim de juntos, como forma de protesto, chamar a atenção de quem está acima de nós; autoridades públicas. A campanha foi simplesmente um sucesso, e sua próxima aparição tem data para o dia 30 de abril de 2011, sábado.

Cabe ressaltar que as redes sociais na internet, tem recebido especial atenção e principalmente resultados, perante a mídia mundial, seja por meio de postagens de vídeos, textos, links, comentários, entre os mais diversos recursos.

Nosso único objetivo dentro desse cenário é voltar a atenção para o projeto de lei que consta o valor reajustado referente ao piso salarial da profissão de Fisioterapia (PL-5979/2009 na Comissão de Seguridade Social e Família – CSSF), que está em tramitação na Câmara dos deputados, para que o projeto de lei vire lei. Importante passo dado fazendo com que nossa mobilização seja facilitada. Já saímos da inércia!

Contrariando nosso descrédito pela política e a consequente generalização, o autor do PL, Deputado Mauro Nazif, e o relator, Deputado Dr. Paulo César são os políticos comprometidos com nosso pleito, atribuindo que o piso salarial do fisioterapeuta deve ser estabelecido em R$4.650,00 (quatro mil seiscentos e cinqüenta reais), devendo ser reajustado no mês de aprovação desta lei, e a cada ano subsequente, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC.

A internet tem sido nossa ferramenta mais poderosa de divulgação e esclarecimento sobre o tema, mas queremos mais, e queremos que esse assunto seja pauta relevante em todos os meios de comunicação. É nosso direito que a FISIOTERAPIA seja respeitada por todos, e é nosso dever que façamos por merecer.

Vamos fazer valer a pena toda nossa dedicação, abnegação e investimentos em nossa profissão, nosso constante aprimoramento e aperfeiçoamento tão dispendiosos (custos com instituições de formação e aperfeiçoamento, livros e as horas abdicadas em prol de nossa atividade laboral) e principalmente, a nobreza da nossa profissão, que tem um poder imensurável dentro da saúde. Somos a saúde, somos a vida e somos o recomeço.



Fisioterapeutas e acadêmicos vamos aderir a campanha colocando a tag #PISOFISIOJA nos tópicos mais comentados do twitter. Nossa valorização profissional começa a partir da gente, vamos nos unir e continuar lutando!

"Não devolvemos a vida, devolvemos a vontade de viver!"

quarta-feira, 27 de abril de 2011

No mais perfeito caos.


"Não sei qual foi a causa e quais serão as consequências. A borboleta bate as asas e o vento vira violência"

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Loucura


Eu que sempre fui péssima em redação resolvi criar um blog. 
Na escola me inspirava nas letras das músicas de engenheiros do Hawaii para escrever, lembro das redações sobre a atual-situação-da-nossa-sociedade que eu sempre usava a música “muros e grades”. 
Era divertido. 
Meu interesse inicial era só citar trechos de músicas e frases dos meus ídolos e o título seria “entre aspas”, mas fui impedida por um blog que teve início e fim em 2006. Agora estou aqui escrevendo algumas bobagens diferente de tudo que eu havia planejado, talvez continue assim, talvez não.  
 “Afinal de contas, o que me trouxe até aqui?!”  


domingo, 24 de abril de 2011

Paixão


Hoje foi dia de clássico. Desde que me entendo por gente que vou pra jogos na ilha, e de fato ainda não me acostumei com os gritos desesperadores e os mais criativos palavrões dos torcedores. Eu sou torcedora, mas não me encaixo nesse perfil. Lembro de um jogo que fui na minha infância, meus irmãos me pedindo pra xingar o juiz e a única coisa que conseguiu sair da minha boca foi um “feeeio” sem muito entusiasmo. Talvez esse meu jeito tímida e introspectiva tenha me feito ficar cada vez mais observadora. Uma das coisas que mais gosto de fazer quando vou a jogo, além de gritar “GOL”, é observar tudo que acontece em volta. Hoje ao meu lado pude observar aquela pessoa, que por algum motivo, vai ao jogo sem algum acompanhante e pra suprir essa solidão fica narrando o jogo todo em voz alta na expectativa de que alguém se interesse por um de seus comentários, a criança que grita achando que entende alguma coisa de futebol, o torcedor que não para de falar mal do próprio time e o que chora o jogo todo por loucura ou por paixão. Em meio a todas essas observações sem que eu menos esperasse o primeiro gol, esse momento me fascina, toda aquela vibração entre abraços, lágrimas e sorrisos é um sentimento difícil de explicar. Aos 46 minutos do primeiro tempo um segundo gol, até agora tento entender como aquele torcedor que tava a três fileiras na nossa frente conseguiu chegar até nós sem que ao menos eu pudesse entender o que tava acontecendo. Como nada pra gente é fácil, no segundo tempo nos deparamos com um gol do time adversário. Silêncio. Decepção. Medo da possibilidade desse sonho virar pesadelo. Mas pra felicidade de uma nação rubro-negra um último gol. Grande clássico! Rumo ao hexa.
“E como é, como vai ser e para o hexa campeonato será?”